O fundador do avivamento metodista na Inglaterra, e da Igreja Metodista Episcopal nos Estados Unidos, foi John Wesley, um sacerdote da Igreja da Inglaterra. John Wesley foi um brilhante teólogo e pregador, professor da Universidade de Oxford e um evangelista itinerante, que tinha um interesse profundo e duradouro na aplicação de teologia para a vida cotidiana. Logo no início de seu ministério Wesley tornou-se um arminiano em sua teologia da salvação, modificando-a um pouco ele a aplicou em sua própria vida e na vida de fé de suas sociedades metodistas. Esta compreensão teológica tornou-se geralmente conhecida na teologia sistemática como "A Ordem da Salvação de Wesley" e pode ser resumida da seguinte forma:
1. Graça Preveniente:
Os seres humanos são totalmente incapazes de responder a Deus a menos que Deus em primeiro lugar os capacite a ter fé. Esta capacitação é conhecida como "graça preveniente." A graça preveniente não nos salva, mas, vem antes de qualquer coisa que fazemos, nos atraindo a Deus, tornando-nos QUERER vir a Deus, e permitindo-nos ter fé em Deus. A graça preveniente é universal, na medida em que todos os seres humanos a recebem, independentemente de terem ouvido falar de Jesus. Ela se manifesta no profundo desejo da maioria dos seres humanos de conhecer a Deus.
2. Graça Justificadora:
Depois de sermos levados a Deus e capacitados a responder com fé ao dom oferecido da salvação, e - o mais importante - quando, na verdade, dizemos "sim" e aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, nos é dada a "graça justificadora", a qual absolve os nossos pecados e nos incorpora no Corpo de Cristo. Este é o ponto de "inteira regeneração", na qual os seres humanos retornam ao estado de Adão e Eva no Jardim. Às vezes refere-se como sendo esse ponto e tempo na vida de alguém quando está "salvo". Na graça justificadora somos julgados afim de não sermos "culpados" dos pecados, apesar de sermos MUITO culpados e, apesar de AINDA cometermos pecados. Jesus, no entanto, perdoa os nossos pecados e, por meio de sua graça, somos vistos por Deus como como se fôssemos tão justos quanto Cristo.
3. Graça Santificadora:
A justificação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador não termina, no entanto, sua caminhada na graça. Uma pessoa não "chegou" no final da caminhada quando está salva. A justificação é o ponto em que Deus nos julga "como SE fôssemos Cristo". A perfeição, a justiça, de Jesus ainda não faz PARTE de quem somos, embora sejamos vistos por Deus como SE fôssemos justos. A graça santificadora trata de fazer o julgamento exterior da PARTE "justa" de quem SOMOS. A justiça de Cristo é, por meio de nossa abertura à graça de Deus, faz parte cada vez maior de QUEM somos. Tornamo-nos MAIS e MAIS como Jesus. Em outras palavras, o amor e vontade de Deus em Jesus Cristo são enxertadas em nossas vidas e nos tornamos mais e mais parecidos com Jesus.
4. Perfeição:
Embora nenhum de nós possa ser perfeito por nossa própria capacidade ou vontade, no entanto, acreditamos que pela graça santificadora somos transformados em uma maior e maior semelhança de Cristo Jesus. À medida que crescemos na graça santificadora nos aproximamos da vontade de Deus para nós e, na glória, podemos confiar que vamos estar em total conformidade com a vontade de Deus para nós. Contudo. também acreditamos que pela graça santificadora somos abençoados em momentos ocasionais, instâncias fugazes, de conhecer e viver na perfeita vontade de Deus. Isto é o que Wesley quis dizer quando disse que todos nós estamos sendo "movidos em direção a perfeição."
Fonte: http://www.revneal.org/Writings/WesArmin.htm
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