A Assembleia de Deus e a Expiação
Li recentemente um calvinista dizer que a
Assembleia de Deus tinha uma visão de governo moral a respeito da expiação de
Cristo. Na realidade, isso não é verdade. Reconhecidamente, a Assembleia de
Deus pode ter diversas visões, pois as Dezesseis
Verdades Fundamentais da Assembleia de Deus simplesmente declara
que Cristo é o nosso substituto. Ela não define o que entende por isso. Porém,
num texto teológico oficial da Assembleia de Deus, Teologia
Sistemática editada pelo Dr. Stanley Horton, diz claramente por
que a Assembleia de Deus tem uma visão de substituição penal em relação à
expiação.
De fato, o texto declara que a visão de
governo moral problemas e os apresenta (349-350pp.). Para ser justo, o texto
também declara as três principais objeções à visão de substituição penal (350-352pp.).
Gostaria que o livro-texto gastasse mais
tempo sobre a expiação (e outras questões teológicas), mas a declaração feita em
relação a expiação, nem arminiano e nem calvinista teria algum problema com
ela.
O texto, em seguida, dá os três aspectos da
obra salvífica de Cristo. São elas:
- · Sacrifício pelos nossos pecados. Nisto está incluído a propiciação.
- · Reconciliação (Romanos 5.11).
- · Redenção (Marcos 10.45; Romanos 3.24).
Depois o texto se foca na extensão da
expiação. Nisso, a Assembleia de Deus é arminiana. O texto, após examinar
várias passagens da Escritura que demonstra a expiação ser para todas as
pessoas, conclui: “Concluímos que a expiação é ilimitada no sentido de estar
à disposição de todos; é limitada no sentido de ser eficaz somente para aqueles
que crêem. Está à disposição de todos, mas é eficiente apenas para os eleitos”.
(361p.)
Nenhum arminiano discordaria com o que
está acima. Claramente, a Assembleia de Deus, pelo menos à partir do seu texto
teológico, não está associada com a teologia do governo moral. Embora possa ser
verdade que alguns pastores assembleianos ensinaram a expiação à partir de uma
visão de governo moral, a posição oficial do texto da teologia sistemática está
sobre a visão de substituição penal, ainda que reconheça que nem todos os
cristãos concordem com essa visão.
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